Figueira da Foz, 26 de setembro de 2025 – A Escola da Guarda da Guarda Nacional Republicana (GNR) viveu ontem, dia 26 de setembro, um momento de profunda relevância espiritual com a realização da Celebração de Ação de Graças e Sacramentos de Iniciação Cristã do 57.º Curso de Formação de Guardas (CFG). A cerimónia decorreu na Igreja Matriz de São Julião, na cidade da Figueira da Foz, e foi presidida por D. Sérgio Dinis, Bispo do Ordinariato Castrense de Portugal.
A Missa, que incluiu a administração do Sacramento do Crisma, reuniu alunos-guardas, famílias e altas patentes da GNR.
Estiveram presentes o Major-General Nuno Miguel Parreira da Silva, Comandante da Escola da Guarda, o Coronel Pedro Miguel Ramalho, Comandante do Centro de Formação da Figueira da Foz – GNR, e o Dr. João Matias, em representação do Presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz, bem como Oficiais, Sargentos e Guardas. O Padre António Santiago é o Capelão responsável.
Na sua homilia, D. Sérgio Dinis dirigiu-se diretamente aos crismandos, sublinhando que o sacramento celebrado é uma “verdadeira efusão de Deus” nas suas vidas, conferindo-lhes o Espírito Santo para os “fortalecer, consagrar e enviar”.
O Bispo estabeleceu uma ligação clara entre a fé e a futura missão militar dos alunos. Referindo-se ao Evangelho (Jo 20, 19-23), onde Jesus ressuscitado transmite a paz aos discípulos, D. Sérgio Dinis afirmou que é essa “paz que vem d’Ele” que os sustentará em “missões exigentes” e em “situações de risco”, devendo ser a mesma paz que “deveis levar àqueles que ides proteger”. Enfatizou que esta paz não advém “da força das armas, mas da força do coração e da verdade”.
Apelando à união, citando São Paulo (1 Cor 12, 3b-7.12-13), o prelado relembrou que a vida militar se vive “em corpo, em unidade, em fraternidade”, e que o Espírito Santo os ajuda a ser “instrumentos de unidade e nunca de divisão, de justiça e nunca de violência”.
D. Sérgio Dinis desafiou os futuros guardas a serem “tradutores da fé” no seu modo de vida e serviço, destacando que a farda é um sinal de autoridade, disciplina e coragem, mas que exige também humildade e proximidade às pessoas.
“A vossa honestidade, a vossa solidariedade, a vossa capacidade de tratar cada pessoa com respeito e dignidade, serão a língua viva do Evangelho,” concluiu o Bispo, sublinhando que a missão de “guarda” se aproxima da missão cristã: “guardar os mais frágeis, guardar a verdade, guardar a esperança.”
O Bispo do Ordinariato Castrense invocou o Espírito Santo sobre os crismandos para que lhes dê “sabedoria para discernir, fortaleza para enfrentar as dificuldades” e para que sejam “testemunhas vivas de Cristo ressuscitado” na GNR.



























