Porto, 5 de novembro de 2025 — As Forças Armadas e as Forças de Segurança de Portugal, sediadas no Norte, cumpriram hoje, quarta-feira, a sua tradição anual de honrar os membros falecidos que serviram a Nação. A Comemoração de Todos os Fiéis Defuntos realizou-se na Eucaristia celebrada na Igreja da Lapa, no Porto, presidida por D. Sérgio Dinis, Bispo do Ordinariato Castrense de Portugal.
A organização da cerimónia esteve a cargo do Exército Português, que garantiu um ambiente de profundo respeito e emoção com o apoio da sua Banda e Coro do Exército na animação litúrgica e os tradicionais toques de Homenagem aos mortos.
O evento congregou uma significativa representação das instituições militares e de segurança do Norte e Centro do País. Entre as autoridades presentes destacavam-se o Ajudante-General do Exército, Tenente-General Boga Ribeiro, e diversos Oficiais Generais e Oficiais superiores. A Guarda Nacional Republicana e a Polícia de Segurança Pública estiveram representadas pelos Comandantes dos Comandos Territoriais do Norte/Centro e Metropolitanos do Porto, Viana do Castelo e Braga, respetivamente. Juntaram-se ainda o Diretor da Liga dos Combatentes do Núcleo do Porto, bem como responsáveis de diversas Unidades, como o Hospital das Forças Armadas e a Base Aérea N. 8.
Na sua Homilia, D. Sérgio Dinis dirigiu uma mensagem de conforto e esperança, reconhecendo a realidade da morte que, no serviço militar e policial, é uma “companheira silenciosa, presente em cada missão, patrulha, voo ou intervenção”. O Bispo Castrense refletiu sobre as questões deixadas pelo vazio do luto, afirmando que a fé cristã oferece sentido à perda e uma resposta confiante: “Nas tuas mãos, Pai de bondade, confiamos a vida dos nossos irmãos.”
Recorrendo às Escrituras, D. Sérgio Dinis salientou que “quem reza pelos mortos, ama como Deus ama: para sempre,” e lembrou as palavras de Cristo, que “não explica a morte, mas vence-a,” ao afirmar: “Eu sou a ressurreição e a vida; quem acredita em Mim, ainda que tenha morrido, viverá.”
O prelado reforçou que esta celebração é um ato de comunhão, onde a Igreja e Portugal mantêm viva a memória dos que perderam a vida em missão ou serviço. O altar torna-se, assim, uma “ponte entre o tempo e a eternidade,” onde se recorda que “cada vida oferecida, cada missão cumprida, cada gesto de serviço ou sacrifício encontra agora o seu sentido mais pleno na comunhão com Cristo.”
D. Sérgio Dinis concluiu apelando a que a morte seja encarada com “serenidade cristã, não como um fim, mas como uma passagem,” pois “o amor exige eternidade.”
















