Viseu, 26 de outubro de 2025 – As comemorações do Dia do Exército Português tiveram o seu ponto alto em Viseu com a celebração de uma Missa Solene na Sé Catedral, presidida por Sua Excelência Reverendíssima o Bispo do Ordinariato Castrense, D. Sérgio Dinis, e transmitida em direto pela TVI.
A Eucaristia, inserida nas celebrações que este ano decorreram na cidade-jardim, reuniu diversas figuras de relevo das esferas militar, política e académica. Entre as presenças destacaram-se: o Chefe do Estado-Maior do Exército Português, General Eduardo Mendes Ferrão; o Presidente da Câmara Municipal de Viseu, Dr. Fernando Ruas; o General Valença Pinto, Antigo Chefe do Estado-Maior do Exército; o Vice-Almirante Sousa Pereira, Chefe da Casa Militar da Presidência da República; e o Professor Doutor Luís Ferreira, Reitor da Universidade de Lisboa.
Na sua homilia, D. Sérgio Dinis centrou a reflexão nas virtudes da justiça, humildade e fé, sublinhando o papel do Exército no panorama nacional e mundial.
O Bispo Castrense dirigiu-se aos militares de Portugal como herdeiros de Viriato, símbolo da coragem e fidelidade à Pátria, e evocou a necessidade de o poder ser sempre “iluminado pela humildade, a humildade que reconhece que o poder só é justo quando está ao serviço da paz e da dignidade humana.”
Em memória de todos os militares, o Prelado citou São Paulo — “Combati o bom combate, terminei a minha carreira, guardei a fé” —, para de seguida proferir uma das passagens mais marcantes: “Tudo vale a pena quando é vivido por amor… Quantos militares poderiam fazer suas estas palavras, depois de uma vida ao serviço da Pátria e da paz!”
Face ao cenário global conturbado, com referências a guerras e deslocações forçadas, D. Sérgio Dinis vincou a importância do testemunho das Forças Armadas: “O Exército português é, e deve continuar a ser, uma reserva moral da Nação, um espaço onde a Pátria se aprende e se serve, não se explora.”
A finalizar, olhando para o Evangelho que contrapõe a presunção do fariseu à humildade do publicano, o Bispo Castrense realçou que a grandeza do Exército “não se mede só pelo poder dos seus meios, mas pela humildade e integridade dos seus membros. A força de Portugal nasce sempre da alma dos seus filhos.” Recordou ainda as palavras do Chefe do Estado-Maior do Exército: “O verdadeiro soldado não combate porque tem diante de si algo que odeia, mas porque tem atrás de si algo que ama.”
A homilia terminou com uma oração à Senhora da Vitória por todos os militares vivos e defuntos.

























