Decorreu hoje, na Academia Militar, a conclusão do Primeiro Curso de Promoção a Capitão para Capelães, frequentado pelos Capelães António José Marques Santiago e José Manuel Ferreira da Costa, do qual foi Diretor o Tenente-Coronel Capelão António Borges da Silva, Capelão da AM.

A cerimónia foi presidida pelo Senhor Comandante da Academia Militar, Major-General Luís António Morgado Batista, e contou com a presença do Senhor Bispo das Forças Armadas e Forças de Segurança, D. Rui Valério; do Segundo Comandante e Diretor de Ensino da Academia Militar, Brigadeiro-General Duarte Santos; do Comandante da Escola das Armas, Brigadeiro-General João Silveira em representação da Direção de Formação, entre outras entidades.

Com início às 11h30, a cerimónia constou de vários momentos, todos eles de elevada relevância, assim programados: alocução do Diretor de Curso, seguida da alocução do Capelão José Costa, alocução de D. Rui Valério; entrega de diplomas; alocução do Senhor Comandante da Academia Militar.

Seguiu-se um Porto de Honra e almoço.

Na sua intervenção D. Rui Valério agradeceu à Academia Militar, na pessoa do seu excelentíssimo Comandante, e à Direção de Formação, na pessoa do excelentíssimo Comandante da Escola as Armas, a realização deste 1º CPC para Capelães, pelos elevados padrões de competência científica e de sabedoria de atualização que o regeram. Considerando-o como uma oportunidade, para os referidos Capelães, no seu processo de Formação, evocou a tríplice etapa que carateriza o processo formativo de todo o formando que, por sua vez, se tornará formador. No fundo, a síntese do ser Capelão, um formando que se torna formador:

A primeira fase, consiste no tempo da Universidade. Importantíssima etapa, pois transmite, ao formando, conhecimentos, métodos de trabalho, além de lhe proporcionar familiaridade com as matérias pertinentes, mais diretamente relacionadas com a missão.

A segunda fase, reside na transição entre a Universidade e o campo de trabalho, correspondendo aos primeiros três, quatro anos de atividade, quando se adquire um estilo, baseado, em larga medida, no exemplo de alguns capelães mais antigos, sendo até aconselhável o acompanhamento próximo e direto de um deles;

E, por fim, a terceira fase, a da formação contínua. Esta não consiste tanto na frequência de cursos de aprofundamento, ou na participação de conferências, o que é sempre de louvar, mas a etapa da formação contínua ou permanente reside na capacidade da pessoa, neste caso do Capelão, agir com criatividade e espírito de iniciativa de forma a fazer do seu labor e do trabalho quotidiano um laboratório de aplicação de “novo ardor, de novos métodos e novas expressões”.

O que, ao longo deste Curso, ambos os Capelães foram adquirindo, contribui para a sedimentação da criatividade e do espírito de iniciativa, uma vez que lhes transmitiu saberes e técnicas. Assim, sem dúvida que se afigura ser um extraordinário auxílio para o desempenho da missão de Capelão na senda do tríptico há muito consagrado na definição da Nova Evangelização: com “novo ardor, novos métodos e novas expressões”.