Antecipando
o Dia do Patrono dos Capelães Militares, São João de Capistrano, que se celebra amanhã, o Bispo das Forças Armadas e das Forças de Segurança, D. Rui Valério, presidiu hoje, 22 de outubro, à Missa Crismal, na Igreja da Memória, em Lisboa.

 
Estiveram presentes todos os capelães, excetuando-se os das Ilhas, devido às limitações originadas pela Pandemia que agora estamos a viver.
Os sacerdotes procederam à renovação das promessas sacerdotais e foram benzidos os Santos Óleos dos Enfermos e dos Catecúmenos e consagrado o Santo Óleo do Crisma.
 
Na homilia, D. Rui, refletiu sobre o Plano Pastoral 2020/2021, apelando à “criatividade”, citando o Papa Francisco, que na situação atual em que nos encontramos, insistentemente refere que é necessário “procurar novos caminhos, ou seja, procurar o caminho para que o Evangelho seja anunciado”.
 
Criatividade Profética, Pastoral e Santificante, são os três pontos do Plano para este ano pastoral que o prelado colocou diante dos seus padres, que se afiguram como oportunos para responder à difícil e inédita situação de incerteza, de dúvida, de ameaça e de sofrimento que agora vivemos.
 
Para promover a criatividade, dizia o Responsável pelo Ordinariato Castrense, é necessário em primeiro lugar Acreditar “no que somos e no que estamos aqui a fazer” e Aconselhar. A presença e o aconselhamento são os dois objetivos que devem motivar a ação dos capelães que o são “para estar presentes em pedaços da vida de mulheres e homens no ato de realizarem a sua vocação de servir. Somos para eles presença do amigo, mas para muitos do próprio Cristo” e, sublinhava D. Rui, “É preciso Acreditar nessa realidade”.
 
Depois, prosseguia o prelado, “quem está acomodado está resignado e nunca sentirá necessidade de inovar”, daí que refere o Inconformismo como segunda atitude necessária para haver criatividade.
 
Num terceiro ponto D. Rui pedia aos capelães que cultivassem na sua vida a oração pessoal, momentos de adoração do Santíssimo, a meditação, pois a “criatividade é um sopro do Espírito e só quem é dócil aos seus impulsos se deixa por Ele guiar. Tornai-vos homens todo fogo, empapados do Espírito, para irradiardes alegria e amor no mundo. Só assim ele se transforma”.
 
Concluía apelando à virtude da Humildade, pedindo que nunca os capelães consentissem em mediocridades, para assim elevarem e dignificarem a sua Missão.
 
A Cerimónia terminou com uma singela homenagem a dois capelães que este ano passaram à situação de Reforma: o Pe. Agostinho de Freitas, que em setembro deixou a Chefia da Assistência Religiosa da Guarda Nacional Republicana, e o Pe. Joaquim da Nazaré, que em julho atingiu a idade limite para a reforma e que continua a assistir o Hospital das Forças Armadas, Pólo de Lisboa. A ambos o sr. Bispo agradeceu a entrega e o exemplo que foram para todos, durante os longos anos de serviço à Diocese e a Portugal, e aos dois ofereceu uma cruz de cristal, como símbolo dessa gratidão e estima.