O Dia Mundial do Doente é celebrado anualmente a 11 de fevereiro.

Foto: HFAR, Polo do Porto – 11 de fevereiro de 2020
A data foi instituída a 11 de fevereiro de 1992, pelo Papa João Paulo II. Na carta de instituição do Dia Mundial do Doente, o Papa João Paulo II lembrou que a data representa “um momento forte de oração, de partilha, de oferta do sofrimento pelo bem da Igreja e de apelo dirigido a todos para reconhecerem na face do irmão enfermo a Santa Face de Cristo que, sofrendo, morrendo e ressuscitando, operou a salvação da humanidade”.
A efeméride, em memória litúrgica de Nossa Senhora de Lourdes (França), é celebrada todos os anos pela Igreja Católica.
Transcrevemos a Mensagem para o Dia Mundial do Doente de D. Rui Valério, Bispo das Forças Armadas e das Forças de Segurança.
MENSAGEM DO BISPO DAS FORÇAS ARMADAS E FORÇAS DE SEGURANÇA
PARA DIA MUNDIAL DO DOENTE
«Do amor renasce a esperança»
Caros irmãos e irmãs!
1. Quando tudo parecia adquirido, em termos de humanidade, e o ser humano sentia que, com a ciência e a técnica, estava definitivamente a salvo de qualquer perigo, eis que o aparecimento do SARS-CoV-2 mergulhou o mundo numa dramática pandemia, ao mesmo tempo que dá uma nova perspetiva de nós mesmos e até da própria vida.
A mensagem que aqui vos quero deixar, de comunhão e solidariedade para com quem está doente e para com quem, a seu lado, labuta numa abnegada assistência, revela a nossa convicção de que nem os doentes, nem os cuidadores se encontram sozinhos. Deus emerge como luz que tudo consegue iluminar e mesmo explicar. Jesus, o homem flagelado e crucificado, é o testemunho inequívoco da solidariedade de Deus em relação ao nosso sofrimento.
2. Quando Jesus proclamou o mandamento do amor (cf Mt 22, 34-40), estava a oferecer a chave do sentido da existência. Independentemente da condição ou da situação em que a pessoa se encontre, o amor é sempre o cerne da vida. Felizmente, no meio de tanta incerteza, emerge uma pérola que não cessa de brilhar: o amor!
Quem vive a vulnerabilidade da vida e está doente também tende a amar na forma maravilhosa da compaixão para com toda a humanidade. O amor explica o inquebrantável apego à vida, principalmente para poder continuar junto de quem se ama e desfrutar da espetacular dádiva que eles são.
Os que estão na linha da frente, a garantir toda a assistência aos doentes, num desmedido espírito de serviço, revelam-nos como o amor ao próximo é razão e força para tanta temeridade, tão enorme coragem e tamanha dedicação.
Ouso dizer que a vossa destreza de mãos, a incansável desenvoltura no andar, o sorriso radiante no vosso olhar são o mais fulgente rosto do vosso coração bondoso.
3. Envio-vos um sentido agradecimento pelo que cada um de vós está a oferecer. O amor, essa chave que tudo explica, afigura-se como a única força capaz de vencer as trevas, pois só ele conduz pela estrada do bem.
Obrigado. Estais a inundar a vida com o que existe de mais belo — o amor. E evocando F. Dostoievski «a beleza salvará o mundo».
Acolhamos as palavras do Papa Francisco: «Todas as pessoas doentes, os agentes da saúde e quantos se prodigalizam junto dos que sofrem, confio-os a Maria, Mãe de Misericórdia e Saúde dos Enfermos. Que Ela, da Gruta de Lurdes e dos seus inumeráveis santuários espalhados por todo o mundo, sustente a nossa fé e a nossa esperança e nos ajude a cuidar uns dos outros com amor fraterno. A todos e cada um concedo, de coração, a minha bênção.»
+ Rui Valério
Bispo das Forças Armadas e Forças de Segurança