Missa de 7.º Dia em memória dos militares da Guarda Nacional Republicana (GNR) pertencentes à Unidade de Emergência Proteção e Socorro (UEPS) na Igreja Memória, Lisboa
Realizou-se hoje, dia 5 de setembro, a Missa de 7.º dia na Igreja Memória, em Lisboa, em homenagem aos cinco militares da Guarda Nacional Republicana (GNR) que perderam a vida no trágico acidente de helicóptero ocorrido na passada sexta-feira no Rio Douro. A cerimónia contou com a presença de diversas autoridades civis e militares, que se uniram em oração e solidariedade com as famílias enlutadas.
Os militares homenageados foram:
– Cabo António Jorge Teixeira Pinto
– Guarda-Principal Pedro Manuel de Jesus Santos
– Guarda-Principal Daniel Filipe Monteiro Pereira
– Guarda Tiago Gonçalves Pereira
– Guarda Fábio Gil Salvador Pereira
Estiveram presentes na cerimónia a Dra. Margarida Blasco, Ministra da Administração Interna, o TGen Rui Veloso, General Comandante Geral da GNR, o Dr. Telmo Correia, Secretário de Estado da Administração Interna, o Vice-Almirante Luís Pereira, Chefe da Casa Militar do Presidente da República, o Diretor Nacional da Polícia de Segurança Pública, Superintendente Luís Carrilho, o Dr. Paulo Ribeiro, Secretário de Estado da Proteção Civil, o TGen Paulo Silvério, 2.º Comandante Geral da GNR, e o TGen Jorge Goulão, Inspetor da Guarda.
Na homilia, D. Rui Valério, Patriarca de Lisboa e Administrador Apostólico das Forças Armadas e das Forças de Segurança, abordou com sensibilidade a dor da perda. Ele afirmou que “todas as dores são suportáveis se as incluirmos numa história ou contarmos uma história acerca delas”. O Patriarca destacou que os militares da GNR ofereceram uma rica história de serviço e total doação ao próximo. “Depois de terem vivido as suas vidas com dedicação, eis que eles próprios foram doação. Por isso, a dor das suas partidas não apenas se torna suportável, mas adquire um sentido profundo, transformando-se em fonte de força para continuarmos a nossa missão”, disse D. Rui Valério.
O Patriarca também refletiu sobre o Evangelho de Lucas (Lc 5, 1-11), que representa um momento de transformação. “Os discípulos, cansados e desiludidos, desistiram da faina e puseram-se a lavar as redes. Jesus Cristo sobe para o barco, faz-se ao mar e constrói esperança”, explicou. D. Rui Valério encorajou os membros da GNR a não sucumbirem à tentação de desistir, mas a aceitarem o convite de Jesus, que os chama a lançar as redes e a continuar a cumprir a sua missão, mesmo nas adversidades.
A Missa foi um momento significativo de homenagem e reflexão, onde se reafirmou o compromisso com o serviço e o valor do sacrifício em prol da segurança da Nação. As palavras de D. Rui Valério ressoaram no coração dos presentes, lembrando a todos que a memória dos que partiram deve servir de inspiração para continuar a luta pela justiça e pela proteção dos mais vulneráveis.
A cerimónia não apenas prestou homenagem aos heróis que partiram, mas também fortaleceu a determinação de todos os que permanecem na defesa e proteção da nossa sociedade.