Novo Bispo das Forças Armadas e das Forças de Segurança escolhe visita a doentes para marcar início do seu episcopado

No Dia Mundial do Doente, o Bispo das Forças Armadas e das Forças de Segurança, D. Sérgio Dinis, realizou uma visita ao Hospital das Forças Armadas (HFAR) – polo de Lisboa, marcando o início do seu episcopado com um gesto de proximidade e solidariedade para com os doentes e os profissionais de saúde. Acompanhado pelos Capelães Adjuntos dos três Ramos das Forças Armadas e pelo Capelão do Hospital, D. Sérgio Dinis dedicou o dia a partilhar palavras de conforto e esperança, alinhando-se com a mensagem do Papa Francisco para esta data.

A visita começou com uma receção no gabinete do Diretor do HFAR, Brigadeiro-General José Monge, onde o Bispo foi acolhido por uma comitiva que incluía o Diretor do Hospital, o Capelão do HFAR-PL, o Diretor Clínico, o Enfermeiro Coordenador e outras figuras destacadas da instituição. Durante este momento inicial, foram estabelecidos os principais objetivos da visita, com ênfase na importância do cuidado espiritual e humano no contexto da saúde militar.

Seguiu-se um briefing no auditório do HFAR, no qual o Diretor do Hospital apresentou os desafios e projetos em curso. Entre os principais pontos discutidos, destacaram-se a necessidade de alargar as áreas de atividade assistencial, otimizar os procedimentos internos e fortalecer a cooperação com instituições académicas. O Bispo ouviu atentamente, sublinhando a importância de uma abordagem holística no cuidado aos doentes, que integre não apenas a dimensão física, mas também a emocional e espiritual.

Após o briefing, D. Sérgio Dinis visitou as instalações do HFAR, acompanhado pelo Diretor do Hospital, Capelão do HFAR-PL, Diretor Clínico e Enfermeiro Coordenador. Durante esta visita, o Bispo teve a oportunidade de conhecer de perto o trabalho desenvolvido pelos diversos departamentos, elogiando o empenho e dedicação dos profissionais de saúde.

O ponto alto da visita ocorreu quando o Bispo se dirigiu aos doentes internados, partilhando momentos de diálogo e oração. Num gesto de profunda empatia, D. Sérgio Dinis ouviu as suas histórias, ofereceu palavras de conforto e abençoou aqueles que enfrentam momentos de fragilidade. Este momento foi descrito como particularmente emocionante, reforçando a missão da Igreja de estar presente junto dos que mais sofrem.

A visita terminou com a assinatura do Livro de Honra do HFAR, onde o prelado destacou a importância do hospital, não apenas como um local de cuidados de saúde diferenciados para militares e suas famílias, mas também como um espaço de esperança, onde “anjos” — doentes, médicos, enfermeiros, capelães e familiares — se unem em um propósito comum. D. Sérgio mencionou ter levado consigo “olhares agradecidos e confiantes de doentes” e “rostos compreensivos e atenciosos” dos profissionais de saúde, ressaltando a dedicação e o amor daqueles que cuidam e buscam a cura.

O Bispo encerrou a sua mensagem com uma oração por todos os que sofrem e por aqueles que, com amor, se dedicam a cuidar e curar, reforçando o espírito de solidariedade e fé que marca a data. De seguida reuniram-se ainda para um almoço no Campus de Saúde Militar, onde foram partilhadas reflexões finais sobre a importância do cuidado integral aos doentes e da colaboração entre as Forças Armadas e a Igreja.

Mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial do Doente

Por ocasião deste dia, o Papa Francisco divulgou uma mensagem intitulada «A esperança não engana» (Rm 5, 5), na qual destacou a esperança como uma força que fortalece os doentes e os cuidadores nas suas tribulações. O Santo Padre refletiu sobre três aspetos essenciais da presença de Deus junto dos que sofrem: o encontro, o dom e a partilha.

Francisco lembrou que a doença, apesar de ser um momento de fragilidade, pode transformar-se numa oportunidade para um encontro profundo com Deus. Sublinhou ainda que a esperança é um dom a ser acolhido e cultivado, especialmente nos momentos mais difíceis. Por fim, destacou a importância da partilha entre doentes, profissionais de saúde e cuidadores, descrevendo estes encontros como espaços de graça que enriquecem a todos.

Na sua mensagem, o Papa agradeceu a todos os que dedicam as suas vidas a cuidar dos doentes, afirmando que o seu trabalho é um «hino à dignidade humana e um canto de esperança». Concluiu com uma bênção e uma oração a Maria, Saúde dos Enfermos, pedindo que não se esqueçam de rezar por ele.

Esta visita de D. Sérgio Dinis ao Hospital das Forças Armadas e a mensagem do Papa Francisco reforçam o compromisso da Igreja e das Forças Armadas em cuidar dos mais vulneráveis, celebrando a esperança e a dignidade humana mesmo nos momentos de maior fragilidade. A presença do Bispo no HFAR não foi apenas um ato simbólico, mas uma demonstração concreta de que a fé e a espiritualidade podem ser pilares fundamentais no processo de cura e reconforto, tanto para os doentes como para os seus cuidadores.

Ao dedicar o início do seu episcopado a esta visita, D. Sérgio Dinis enviou uma mensagem clara de que a Igreja está ao lado daqueles que sofrem, não apenas em palavras, mas também em ações. A sua presença junto dos doentes e dos profissionais de saúde foi um testemunho vivo da compaixão e da solidariedade que devem guiar a missão pastoral, especialmente em contextos de dor e incerteza.

Por sua vez, a mensagem do Papa Francisco veio ecoar e aprofundar esta missão, lembrando que a esperança, mesmo nas situações mais difíceis, não dececiona. Ao destacar a importância do encontro, do dom e da partilha, o Santo Padre ofereceu uma reflexão profunda sobre como a fé pode transformar o sofrimento numa oportunidade de crescimento espiritual e de encontro com Deus.

Juntos, estes gestos – tanto a visita do Bispo como as palavras do Papa – servem como um apelo à sociedade para que não ignore os mais frágeis. Num mundo muitas vezes marcado pela indiferença, estas ações são um apelo poderoso a que a dignidade humana seja preservada em todas as circunstâncias, especialmente na doença.

Além disso, esta iniciativa reforça a importância da colaboração entre as Forças Armadas e a Igreja, duas instituições que, cada uma à sua maneira, estão ao serviço da comunidade e dos valores mais nobres da humanidade. Ao unirem esforços, demonstram que a missão de cuidar e proteger vai além das fronteiras físicas ou institucionais, abrangendo também o cuidado espiritual e emocional.

Este Dia Mundial do Doente foi marcado por um profundo sentido de humanidade e fé, que transcende as dificuldades e aponta para um horizonte de esperança. É um exemplo inspirador de como a união entre a espiritualidade, a saúde e o serviço pode fazer a diferença na vida daqueles que mais precisam, oferecendo-lhes não apenas tratamento, mas também consolo, dignidade e um sentido renovado de propósito.