Hoje, 25 de julho, Castro Verde celebrou o 885º Aniversário da Batalha de Ourique, um marco histórico que consagrou Afonso Henriques como o primeiro rei de Portugal no ano de 1139. Este evento, de enorme significado para o concelho, foi celebrado com um programa repleto de homenagens e cerimónias solenes.
As comemorações tiveram início com uma Missa na Basílica Real, presidida pelo Patriarca de Lisboa e Administrador Apostólico da Diocese das Forças Armadas e de Segurança, D. Rui Valério. A seguir, realizou-se uma Romagem ao Padrão da Batalha de Ourique, no sítio de São Pedro das Cabeças, onde ocorreu uma Cerimónia Militar Evocativa. O evento incluiu o hastear da bandeira nacional, a deposição de flores junto ao monumento evocativo, e uma oração em homenagem aos mortos na batalha, lida pelo capelão militar Amadeu Gonçalo Vaz Lino.
As celebrações foram organizadas pela Câmara Municipal de Castro Verde, em parceria com o Exército Português, e contaram com a colaboração da Guarda Nacional Republicana e dos Bombeiros Voluntários de Castro Verde.
O Major-General Ramalhôa Cavaleiro, diretor de História e Cultura Militar, presidiu às cerimónias e destacou a importância histórica da Batalha de Ourique. Na sua intervenção relembrou que a batalha, imortalizada nos “Lusíadas” de Camões, foi um momento decisivo que marcou a aclamação de D. Afonso Henriques como Rei de Portugal, reforçando a independência e identidade nacional.
A cerimónia contou ainda com a presença do Comandante da Brigada de Reação Rápida, Brigadeiro-General Felisberto Matias, o Presidente da Câmara Municipal e vereadores entre outras altas entidades civis e militares.
Na sua intervenção, o Major-General Ramalhôa Cavaleiro mencionou a simbologia do pálio e dos escudetes nas Armas Nacionais, que representam os cinco reinos muçulmanos derrotados em Ourique. Sublinhou que a batalha foi fundamental para a ascensão de D. Afonso Henriques como Rex Portucalensium e para o reconhecimento internacional da monarquia portuguesa.
D. Rui Valério, na sua homilia, refletindo sobre a beleza dos azulejos que adornam a Basilica Real de Castro Verde, desafiou os presentes a refletirem sobre o valor da identidade nacional e a importância de proteger e promover os valores históricos que moldaram Portugal.
As celebrações de hoje não só honraram a memória daqueles que lutaram e pereceram na batalha, mas também reforçaram o orgulho e a identidade da comunidade de Castro Verde. A Batalha de Ourique continua a ser um símbolo de resistência, coragem e determinação que ecoa através dos séculos, até aos nossos dias.