Comando do Pessoal do Exército Celebra o Seu Dia com Eucaristia e Cerimónia Militar
Hoje, dia 20 de novembro, o Exército Português comemorou o Dia do Comando do Pessoal. Na homilia proferida na Eucaristia, realizada na Igreja da Lapa, no Porto, D. Rui Valério, Patriarca de Lisboa e Administrador Apostólico da Diocese das Forças Armadas e das Forças de Segurança, que presidiu à cerimónia, realçou a importância do encontro com as pessoas, consideradas o “valor mais precioso” da instituição.
Na sua intervenção, D. Rui Valério sublinhou que a celebração constitui uma oportunidade para reconhecer o serviço prestado ao Exército e à Nação, evidenciando a gratidão que deve ser expressa por aqueles que dedicam as suas vidas à cidadania. O prelado afirmou que “a história deste Comando está escrita com caracteres de ouro, sobre páginas de serviço, de honra e glória”.
A memória assume um papel central na formação do futuro da instituição. “Povo sem memória é povo sem futuro”, declarou, reafirmando que a celebração solidifica os alicerces da história das Forças Armadas e da sociedade portuguesa. O Comando do Pessoal, comparado ao “rosto” de um corpo, simboliza a essência do Exército e a dignidade de seus membros.
D. Rui Valério abordou também a dignidade das pessoas que servem, afirmando que “a natureza fundamental do Exército são as pessoas, os cidadãos”. O prelado instou todos a dar sentido às suas vidas e às vidas dos outros, notando que “devemos ativar, nos outros, o que eles são, o que possuem de melhor”.
O valor da vida, como dádiva suprema, foi outra questão abordada. A missão do Comando do Pessoal está ligada à proteção da vida, com a necessidade de proporcionar condições dignas para aqueles que servem a Pátria.
No que diz respeito à paz, D. Rui Valério afirmou que o Comando do Pessoal actua em prol da sociedade, garantindo os alicerces da vida, onde a paz e a segurança são essenciais. “Uma sociedade insegura, sem paz, é uma sociedade morta”, declarou.
O prelado frisou que a missão das Forças Armadas vai além da defesa territorial, abrangendo a promoção e manutenção da paz a nível nacional e internacional. O Exército, como instituição, desempenha um papel vital na segurança e estabilidade da sociedade, sendo a paz um “dom pascal por excelência”.
D. Rui Valério refletiu sobre o papel do Exército como agente de transformação social. A sua atuação, que não se limita a ações militares, contribui para a construção de um ambiente propício à paz. Reforçou a responsabilidade de cada soldado para agir com integridade e respeito, tanto para com os seus camaradas como para com a população.
O prelado também sublinhou a importância da memória e da história no contexto militar. Ao recordar os que já partiram, afirmou que a preservação da paz é um legado que deve ser honrado pelas novas gerações de militares. O Exército é, assim, um pilar essencial para a paz e a segurança, comprometido com a proteção da vida e dos valores da sociedade.
A celebração do Dia do Comando do Pessoal incluiu um concerto na noite anterior, com a participação da Banda do Exército, da Afghan Youth Orchestra e da cantora Cuca Roseta, na Casa da Música, no Porto. A Cerimónia de homenagem aos mortos e deposição da coroa de flores no Cemitério da Lapa será após a Eucaristia e conta com a presença das mais altas patentes do Exército e das Autoridades Civis da cidade do Porto, que também participaram na Eucaristia.