Havia um homem que na sua adolescência se cansou de morar com os pais e decidiu fugir de casa. Fez-se militar e por muitos anos esteve longe, travou guerras e tornou-se um homem, insensível e duro. Nunca, durante todo este tempo, escreveu uma carta para os pais, pelo menos para os informar onde estava. Pensou que não se importariam com ele e que já o consideravam como morto.
Até que finalmente o seu desejo de voltar ao lar tornou-se tão grande que decidiu partir.
Já junto à casa dos seus pais, veio-lhe a ideia de que talvez todos já estivessem mortos ou mudado de cidade. A vergonha era tanta que não queria ser visto durante o dia, por isso, esperou até à noite. Ao anoitecer, aproximou-se, viu uma luz e alguém que andava de um lado para o outro. Como não queria encontrar estranhos, retirou-se para longe. Às 10 horas da noite, aquela luz continuava no mesmo lugar. Retirou-se outra vez e esperou até às 11, mas a luz ainda estava ali.
Aproximou-se mais e para sua surpresa, viu que era o seu pai, de barba branca, olhos melancólicos e coração partido… Noite após noite, durante muitos anos, o seu pai deixava a luz ligada para guiar e receber o seu filho, esperando que um dia ele voltasse.
O nosso Pai é assim, terno e cuidadoso, e nenhum filho jamais será esquecido no Seu coração.