Cerca de 150 peregrinos portugueses partem hoje, quinta-feira, rumo a França para participar na 65.ª Peregrinação Militar Internacional (PMI) a Lourdes, que decorrerá de 16 a 18 de maio. Sob o tema “Militares, peregrinos da esperança”, o evento reúne militares de diversos países em torno de um espírito de paz e reconciliação.
Este ano, a Marinha Portuguesa assume a responsabilidade pela representação nacional, integrando-se num movimento que remonta a 1958, mas cujas origens se encontram num gesto de fraternidade pós-Segunda Guerra Mundial.
Programa da Peregrinação
A cerimónia de abertura internacional terá lugar na Basílica de São Pio X, na sexta-feira, às 21h00. No sábado, os peregrinos portugueses iniciarão o dia com um desfile às 8h00, em direção à Capela de São Cosme e São Damião, onde participarão num momento de Reconciliação, seguido de uma Missa presidida pelo Bispo do Ordinariato Castrense, D. Sérgio Dinis, e concelebrada por oito capelães militares.
Na parte da manhã, realizar-se-á ainda a tradicional fotografia de grupo na esplanada do Santuário Mariano, antecedendo a Via-Sacra. À noite, às 21h00, está prevista a Procissão das Velas e a recitação do Rosário em várias línguas.
No domingo, a Basílica de São Pio X acolherá uma cerimónia internacional, com início às 9h30, encerrando esta jornada espiritual.
Uma Peregrinação com História
A PMI nasceu de um gesto simbólico: em 1947, o padre francês André Besombes, capelão militar durante a guerra, convidou o padre alemão Ludwig Steger, também ex-capelão e ex-prisioneiro, para uma peregrinação a Lourdes. Onze anos depois, em 1958, o Padre Steger liderou a primeira edição oficial da PMI, marcada pelo espírito de reconciliação entre nações.
Desde então, o evento tornou-se um ponto de encontro para militares de todo o mundo, reforçando valores como a paz, a esperança e a união além-fronteiras. Esta 65.ª edição mantém viva essa missão, recordando que, mesmo em contextos de divisão, Lourdes continua a ser um símbolo de harmonia e fé partilhada.