Lisboa acolheu hoje, dia 6 de novembro, uma Missa de sufrágio em honra dos Militares e elementos das Forças de Segurança que faleceram ao serviço de Portugal. A cerimónia, presidida por D. Rui Valério, Patriarca de Lisboa e Administrador Apostólico da Diocese das Forças Armadas e das Forças de Segurança, teve lugar no Mosteiro dos Jerónimos e contou com a presença de diversas personalidades, incluindo o Núncio Apostólico, D. Ivo Scapolo, e capelães militares.
Na homilia, D. Rui Valério recordou o valor do serviço prestado por aqueles que, com coragem, se dedicaram à defesa da Nação. Mencionou que “o sentido da nossa presença aqui, hoje, brota do sentido profundo de homenagear aquelas e aqueles que serviram Portugal nas Forças Armadas e nas Forças de Segurança”. As suas palavras sublinharam a entrega e a abnegação que caracterizam a missão dos que se vestem com a farda, afirmando que “a própria farda não é um elemento identificativo apenas, ou de pertença a uma corporação, significa muito mais: precisamente o morrer para si próprio, para ser totalmente por Portugal e pelos portugueses”.
O prelado também abordou a importância da memória, afirmando que esta “fortalece um povo porque o radica num caminho, numa história e numa vida que o precederam”. Através da recordação dos que partiram, a comunidade encontra força e inspiração para continuar o seu legado.
D. Rui Valério realçou ainda a dimensão comunitária da celebração, recordando que “na Eucaristia realiza-se a máxima comunhão uma vez que reúne num mesmo e único mistério a terra e o céu, o temporal e o eterno”. Este momento de reflexão e oração permitiu aos presentes sentirem-se unidos não apenas entre si, mas também àqueles que já partilharam a vida entre nós.
D. Rui terminou com uma mensagem de esperança, evocando as palavras de Jesus: “Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá”. A celebração visou, assim, homenagear e recordar os heróis que perderam as suas vidas na defesa de Portugal, num momento de gratidão e reconhecimento pelo seu sacrifício.
A cerimónia contou com a participação de várias autoridades militares e civis, incluindo o Ministro da Defesa Nacional, Nuno Melo, e o Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, General Nunes da Fonseca. A Guarda Nacional Republicana foi responsável pela animação litúrgica, enquanto uma Guarda de Honra ao Altar foi formada por cadetes dos três Ramos das Forças Armadas e das Forças de Segurança.