O Mosteiro dos Jerónimos foi hoje palco de uma celebração solene presidida pelo Patriarca de Lisboa e Administrador Apostólico do Ordinariato Castrense, D. Rui Valério. A cerimónia, que contou com a ordenação dos novos Bispos Auxiliares de Lisboa, D. Nuno Isidro e D. Alexandre Palma, foi marcada pela presença de altas patentes militares e capelães das Forças Armadas e de Segurança.
D. Ivo Scapolo, Núncio Apostólico em Portugal, deu início à celebração com a imposição do pálio a D. Rui Valério, símbolo litúrgico de honra e jurisdição. O núncio destacou este momento como “um importante e significativo momento de unidade e comunhão” com os arcebispos metropolitas e o Papa, sinalizando a unidade de toda a Igreja.
O pálio, entregue ao Patriarca de Lisboa pelo Papa Francisco no Vaticano no dia 29 de junho, foi descrito por D. Ivo Scapolo como um símbolo que reforça a comunhão com a Sé Apostólica e a missão pastoral de D. Rui Valério. “Que o Patriarca de Lisboa possa dar a todos um luminoso exemplo de Jesus, o Pastor, e contribuir para fortalecer cada vez mais os vínculos de comunhão com o Santo Padre”, desejou o núncio.
A cerimónia prosseguiu com a ordenação episcopal de D. Nuno Isidro e D. Alexandre Palma, durante a qual D. Rui Valério fez a profissão de fé antes de se ajoelhar diante de D. Ivo Scapolo.
Na sua homilia, D. Rui Valério desafiou os novos bispos a prestarem atenção especial aos «mais frágeis e pobres», sublinhando o compromisso da Igreja com aqueles que mais necessitam de apoio.
A celebração contou com a presença do Chefe de Estado-Maior das Forças Armadas, bem como de representantes dos três Ramos das Forças Armadas e das Forças de Segurança. Também marcaram presença os Capelães Adjuntos da Marinha, Exército e Força Aérea, Guarda Nacional Republicana e Polícia de Segurança Pública, além de outros capelães militares.
Este momento de profunda fé e união reafirmou os laços entre a Igreja e as Forças Armadas, refletindo o espírito de serviço e sacrifício que une estas instituições.
D. Rui Valério, que foi nomeado Patriarca de Lisboa por Francisco a 10 de agosto de 2023, sublinhou na sua carta ao clero e comunidades de Lisboa que o pálio é um símbolo da ovelha perdida que o Bom Pastor coloca aos ombros e reconduz aos caminhos do Senhor. “Que Jesus, o Pastor que conduz a Igreja, nos ajude a renovar a nossa missão pastoral”, concluiu.
A história da Igreja em Lisboa, que remonta aos primeiros séculos do Cristianismo, foi novamente celebrada num evento que uniu tradição, fé e serviço militar, destacando a importância contínua da comunhão e liderança pastoral.