Hoje, dia 29 de dezembro, a Igreja da Memória, Sé Catedral da Diocese das Forças Armadas e das Forças de Segurança, acolheu a celebração de abertura do Ano Jubilar, presidida por D. Rui Valério, Administrador Apostólico do Ordinariato Castrense. O evento contou com a presença de diversas autoridades, incluindo o General CEMGFA, José Nunes da Fonseca, o Almirante CEMA, Nobre Sousa, e o General CEME, Eduardo Manuel B. da C. Mendes Ferrão, o Comandante Geral da Guarda Nacional Republicana, TGEN Rui Alberto Ribeiro Veloso, o Diretor Nacional da PSP, Superintendente-Chefe Luís Miguel Luís Miguel Ribeiro Carrilho, o Presidente da Liga dos Combatentes, TGEN Joaquim Chito Rodrigues, entre outros.
Na sua homilia, D. Rui Valério abordou a importância do Jubileu, começando com a citação do Papa Francisco: “O Jubileu abre-se para que a todos seja dada a esperança, a esperança do Evangelho, a esperança do amor, a esperança do perdão.” O Administrador Apostólico sublinhou a relevância da Sagrada Família, afirmando que “a luz que irradia da Sagrada Família projeta-se sobre cada uma das famílias”, e que “a essência da família reside no amor que, ao mesmo tempo, é fonte de união e princípio de fecundidade.”
D. Rui continuou a sua reflexão, destacando o papel das Forças Armadas e das Forças de Segurança como uma grande família, vocacionada para a defesa da paz e da autodeterminação do País. Ele frisou que “militares e polícias são movidos principalmente pelo amor a Portugal e aos portugueses.”
Na homilia, foram abordados três valores fundamentais. O primeiro é a Memória. “Os pais de Jesus iam todos os anos a Jerusalém, pela festa da Páscoa.” Esta memória não é apenas uma recordação, mas um impulso para a esperança. O segundo valor é a Procura de Jesus, exemplificado pela busca de José e Maria: “Não dissera Jesus um dia ‘procurai e encontrareis’?” A esperança é um caminho que leva à descoberta do divino.
Por fim, D. Rui falou sobre a Obediência amorosa a Deus, mencionando as palavras de Jesus: “Não sabíeis que deveria estar na casa de meu Pai.” Esta obediência é uma expressão de vida eterna e comunhão.
A celebração culminou na reafirmação de que “um soldado não morre”, mas sim vive em Cristo, destacando que a entrega e a coragem são fundamentais na defesa da paz. Este Ano Jubilar é, portanto, um convite à renovação espiritual e à partilha da esperança, não apenas na vida familiar, mas também na missão das Forças Armadas e das Forças de Segurança.
A cerimónia foi transmitida pela RTP1, contou com uma Guarda de Honra ao Altar constituída por Cadetes dos três Ramos das Forças Armadas e das Forças de Segurança e foi animada pela Fanfarra do Exército, Destacamento de Coimbra, e Grupo Coral da Brigada de Intervenção.