A Guarda Nacional Republicana (GNR) celebrou com fervor e grandiosidade o dia litúrgico de Nossa Senhora do Carmo, padroeira da instituição, a 16 de julho. Esta tradição, que se mantém viva ano após ano, é um momento de profundo significado espiritual e comunitário para todos os militares da GNR.

Largas dezenas de militares da GNR vestiram as suas fardas de gala para honrar Nossa Senhora do Carmo. A celebração começou com a retirada da imagem da padroeira da capelinha do Comando-Geral, transportada num andor aos ombros dos militares. À porta de armas, a imagem recebeu os cumprimentos de alta solenidade, com toque de continência e apresentação de espadas.

A procissão prosseguiu até à Basílica dos Mártires. Na basílica, foi celebrada a Eucaristia presidida por D. Rui Valério, Patriarca de Lisboa e Administrador Apostólico do Ordinariato Castrense, juntamente com os Capelães Adjuntos das Forças de Segurança e dos três Ramos das Forças Armadas.

Na sua homilia, D. Rui Valério destacou o vínculo forte que a GNR mantém com a comunidade. “Um vínculo forte, portanto, que, na verdade, vem maximizado por uma celebrada presença difundida que vos chama a participar na vida da comunidade em que estais inseridos, procurando estar próximo dos problemas das pessoas, especialmente dos mais fracos, dos que vivem em dificuldades no seu quotidiano”, referiu.

O Patriarca sublinhou ainda que, para Jesus, “não há multidões sem identidade: há um povo concreto, uma comunidade real, uma família com rosto”. A sua intervenção destacou as dificuldades enfrentadas pelos mais vulneráveis na sociedade, agravadas pela massificação e isolamento, especialmente em tempos de guerra.

D. Rui Valério saudou a ação da GNR em várias áreas, desde a vigilância de aldeias e cidades até ao estudo científico no domínio da segurança e conservação artística. Agradeceu também pelo serviço prestado em missões internacionais de paz e no combate a emergências como incêndios e desastres naturais.

“Cara GNR, obrigado porque, como Maria, és do povo e para o povo; e porque consegues ver no povo, não uma multidão anónima, mas uma família de filhos, irmãs e irmãos pelos quais, como Jesus, vives e dás a vida”, concluiu D. Rui Valério.

Após a Missa, a procissão retornou ao ponto de partida. Os militares prestaram novamente honras à sua Padroeira, encerrando a celebração com a dignidade e o respeito que a ocasião merece.