Lourdes, 17 de maio de 2025 – O segundo dia da 65.ª Peregrinação Militar Internacional (PMI) a Lourdes começou com momentos profundos de espiritualidade, reflexão e união entre os militares peregrinos, sob o tema “Militares, Peregrinos da Esperança”.
O Programa Nacional Português começou com confissões e uma Missa solene, presidida por D. Sérgio Dinis, Bispo do Ordinariato Castrense de Portugal, na qual estiveram presentes militares das várias forças nacionais, cadetes e civis.
Na homilia, D. Sérgio Dinis dirigiu-se aos presentes com uma mensagem inspiradora, reforçando o papel dos militares como construtores de paz e portadores de esperança:
“Irmãos e irmãs, militares portugueses, queridos cadetes e jovens em formação: Esta peregrinação, nascida do encontro entre antigos inimigos após a Segunda Guerra Mundial, recorda-nos que os militares também são chamados a ser construtores de paz. O uniforme não é um obstáculo à fé, mas pode ser um instrumento de esperança.”
Destacando o exemplo de São Paulo e São Barnabé, que enfrentaram perseguições sem desanimar, o Bispo Castrense exortou os militares a levar luz onde há trevas, protegendo com firmeza e servindo com nobreza, mesmo perante as dificuldades.
“Sede soldados por fora e discípulos por dentro. A vossa missão exige rigor, obediência e coragem. A fé cristã dá-vos direção, sentido e alma. Não são caminhos opostos, mas duas faces da mesma entrega: servir o bem, defender a vida e proteger a dignidade humana.”
Dirigindo-se especialmente aos cadetes, D. Sérgio encorajou-os a integrar a fé na vida militar, lembrando que a esperança cristã não é um sentimento vago, mas uma força interior que vem de Cristo.
Após a Missa, realizou-se a tradicional foto de grupo, que reuniu a Delegação Portuguesa, incluindo o Contra-Almirante Carlos Osvaldo Rodrigues Campos, Comandante da Escola Naval, o Ordinário Castrense e os capelães militares.
O dia continuou com a celebração da Via Sacra, junto ao Santuário, onde os peregrinos meditaram sobre o sofrimento de Cristo, renovando o compromisso de carregar as próprias cruzes com fé e esperança.
De tarde os cadetes irão participar no Chalenge Desportivo e no fim do dia, os militares integrarão a Procissão Mariana, encerrando o dia em oração e devoção a Nossa Senhora de Lourdes, pedindo a sua intercessão pela paz no mundo e pelas forças armadas.
A Delegação Portuguesa, composta por cerca de 150 militares e civis, continua a viver intensamente esta experiência espiritual, que se prolonga até domingo, com mais momentos de oração, fraternidade e serviço aos doentes.
Este encontro reforça não só a fé pessoal, mas também o espírito de missão dos militares, recordando que, mesmo em uniforme, são chamados a ser testemunhas de Cristo no mundo.