Cerimónia de encerramento contou com a presença do Bispo Castrense e numerosos sacerdotes
Bragança, 30 de maio de 2025 – A imagem peregrina de Nossa Senhora do Carmo, padroeira da Guarda Nacional Republicana (GNR), visitou durante o mês de maio todos os postos do Comando Territorial de Bragança, levando consolo e inspiração espiritual aos militares e às comunidades locais.
A peregrinação culminou no passado dia 30 de maio, com uma missa solene no Mosteiro de Castro de Avelãs, presidida por D. Sérgio Dinis, Bispo do Ordinariato Castrense de Portugal. Estiveram presentes numerosos sacerdotes da Diocese de Bragança-Miranda, bem como o Capelão Adjunto para a GNR, Pe. António Borges da Silva, e o Capelão da Zona, Pe. Paulo Silva.
Na homilia, D. Sérgio Dinis destacou o significado desta iniciativa, que permitiu à Virgem do Carmo percorrer os mesmos caminhos que os militares da GNR atravessam diariamente:
“A Virgem Santíssima, Nossa Senhora do Carmo, Padroeira da GNR, percorreu os caminhos que vós percorreis todos os dias: estradas longas, veredas solitárias, aldeias envelhecidas. E, ao passar, abençoou. Ao entrar, consolou. Ao ficar, fortaleceu.”
O Bispo Castrense sublinhou ainda o papel da GNR como “força humana e próxima”, especialmente numa região marcada pelo isolamento e pela desertificação.
A partir das leituras bíblicas do dia (Atos 18, 9-18 e João 16, 20-23a), D. Sérgio partilhou três reflexões:
1. “Não temas… Eu estou contigo” – A coragem que nasce da presença de Deus, mesmo nas dificuldades.
2. “Tenho um povo numeroso nesta cidade” – O olhar inclusivo de Deus, que valoriza cada pessoa, mesmo nas terras mais isoladas.
3. “A vossa tristeza converter-se-á em alegria” – A esperança que resiste, transformando sofrimento em júbilo.
O encerramento da peregrinação não marcou um fim, mas sim a permanência espiritual de Nossa Senhora do Carmo junto daqueles que servem e protegem.
“Maria não veio como quem passa, mas como quem fica. Como a Senhora das alturas, que conhece os caminhos da serra, que entende os silêncios da solidão, que conforta com o olhar e nos leva sempre a Jesus.”
A iniciativa foi um testemunho da “pastoral da presença”, mostrando que a fé se vive na proximidade, no serviço e na esperança.