Com amor filial, a Guarda Nacional Republicana acolheu, no seu Comando Territorial de Évora, a Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima.
Numa serena noite do verão de S. Martinho, no dia 18 de novembro de 2015, pelas 21H10, a bonita Parada do Comando Territorial de Évora da Guarda Nacional Republicana acolheu a Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima, que partiu do Santuário de Fátima no dia 13 de maio deste ano e percorre as dioceses do País. Este acolhimento, que se realizou aquando da sua passagem por Évora e no decurso da procissão de chegada à Paróquia de S. Braz desta cidade, foi constituído por uma celebração presidida pelo Bispo das Forças Armadas e das Forças de Segurança, D. Manuel da Silva Rodrigues Linda que, depois de saudar a enorme assembleia formada por militares da Guarda e civis, estes, na sua maioria, paroquianos da Paróquia de S. Braz e familiares dos Militares, e depois da leitura de uma breve passagem do Evangelho de S. João falou do cuidado e do zelo com que os Ramos das Forças Armadas e das Forças de Segurança têm acolhido a imagem Peregrina de Nossa Senhora, falou da importância de Maria na história da Salvação e considerou como um aspeto a registar que o acolhimento que a Guarda Nacional Republicana dedicou à Imagem Peregrina se tenha realizado no coração do Alentejo, terra de gente de enorme religiosidade e devoção a Nossa Senhora.
Seguidamente, o Comandante do Comando Operacional da Guarda, Major General Luis Francisco Botelho Miguel, em nome de toda a Guarda, pronunciou a seguinte oração:
“Senhora de Fátima, Senhora do Carmo, Mãe de Deus e Mãe dos Homens, Padroeira da Guarda Nacional Republicana,
nós, Militares e Civis da Guarda, Vos consagramos o que somos e temos e suplicamos:
ajudai-nos a estar sempre prontos na defesa de Portugal, a Nossa Terra e “Terra de Santa Maria”, a cumprir com honestidade e dedicação a nossa missão de “respeitar e defender a dignidade humana”, “o direito à vida, à liberdade, à segurança e demais direitos fundamentais de toda a pessoa”. Ajudai-nos, Senhora, a enfrentar, com coragem, os riscos decorrentes do exercício desta nossa nobre Missão, seja ela exercida navegando no mar ou percorrendo território, nas estradas, ruas e caminhos, cidades, vilas e aldeias, calcorreando montes, campos e vales. Como zeladores pelo cumprimento da Lei a bem da Grei, ajudai-nos a cultivar e a promover “os valores do Humanismo, da Justiça, da Integridade, da Honra, da Imparcialidade, da Isenção, da Probidade e da Solidariedade”. Ajudai-nos a ser prudentes, a acudir, com presteza, a todos os que carecem do nosso auxílio, a ser fiéis aos nossos deveres e serenos nos perigos, humildes nas vitórias e fortes nos fracassos, ajudai-nos a cuidar da nossa “casa comum”, “a mãe terra, que nos sustenta e governa e produz variados frutos e flores coloridas e verduras” e a confirmar a nossa Guarda como uma Força de Segurança determinada, próxima, humana, generosa, depositária de valores e inspiradora de confiança… Como Vós, Mulher, Mãe, Padroeira!”
Um coro constituído por militares alentejanos dos Comandos Territoriais de Évora, Portalegre e Beja, recriando, para o momento, o Coro de Cantares Alentejanos que, em tempos, existiu na Guarda Nacional Republicana presente no Alentejo, entoou um cântico a Nossa Senhora com a enorme elevação e transcendência do cante alentejano, Património Imaterial da Humanidade. A sua entoação lembrou que a devoção a Nossa Senhora faz culturalmente parte da alma do povo alentejano e que os militares da Guarda nascem do povo, são povo ao serviço da Grei.
Enquanto o cântico era entoado com toda a sua beleza cultural e artística, uma Militar do Comando Territorial de Évora, a Cabo Rosa Piedade, ternamente colocou uma flor junto ao andor da Imagem Peregrina.
O Comando Territorial de Évora, o seu comandante, o Coronel de Cavalaria Pedro Miguel Ramos Costa Lima, todos os Oficiais, Sargentos, Guardas e Civis que, com ele, colaboram, estão de parabéns pelo cuidado, criatividade e empenhamento com que, em parceria com o Serviço de Assistência Religiosa da Guarda, dedicaram à primorosa organização desta cerimónia.