O Sargento Mor Costa envia outro contributo para a história da capela e do grupo que lhe deu corpo. Com gosto se divulga. E agradece.
Longe vai a data de 16 de dezembro de 1999, dia da inauguração da Capela do DGMG, pelo Reverendíssimo Bispo das Forças Armadas e Segurança D. Januário Torgal Ferreira. Desde essa data a Capela tem vindo a sofrer melhorias em bens materiais, mas é no campo espiritual que hoje se distingue.
A sua construção nasceu da necessidade da existência de um local, para estar com Deus, para poder refletir sobre as necessidades da alma, para enriquecer a Unidade, porque onde estão reunidos Homens de Fé, Deus está Presente.
O DGMG, ocupa agora os terrenos em Benavente. De Beirolas havia ainda umas madeiras, uns ferros, umas pedras e outros materiais.
Em boa hora o TCOR Murta, deitou mão á obra, e com a mão-de-obra da casa, a Capela nasceu.
O Altar é feito da madeira oriunda de Beirolas, assim como a Cruz, o Sacrário, em tempos foi resguardo de teodolito.
A imagem em que Maria contempla em seus braços o corpo sem vida de Jesus – Vitral pintado e oferecido por Fátima Cardoso, esposa do MAJ Cardoso.
Aos poucos a estrutura física foi sofrendo melhorias, bancos, teto falso, guarda-vento, quadros com a via-sacra, ornamentos, etc…
O crescimento espiritual, muito se deve ao Padre Jorge Almeida, que com a sua simpatia, franqueza e humildade acreditando em nós foi lançando a semente da Fé que deu os seus frutos.
Hoje, 21 de Outubro de 2016 o 4º Encontro do Grupo dos Amigos da Capela do DGMG\DGME e mais recente ainda UAGME, reuniram uma centena de outros amigos para rezar pelos que partiram e celebrar a Fé que nos move.
«Uma flor, pelos nossos mortos, murcha; uma lágrima, pelos nossos mortos, seca; a oração pelos nossos mortos, Deus recebe-a em Suas mãos!». Santo Agostinho
Um dia na conversa com o TCOR Murta, já ambos tínhamos deixado o DGME, recordamos os tempos que passamos juntos, falamos de amigos que já nos tinham deixado, falamos da construção da Capela, do Monumento aos Mortos, desta e daquela obra e logo ali nasceu a ideia de homenagear esses amigos com uma Missa na capela do DGME. Nasceu assim o Grupo dos Amigos da Capela do DGMG/DGME.
A necessidade de estarmos juntos, de os recordar os nossos mortos e orar por eles, levou a que nos últimos anos, por ocasião do dia de Todos-os-Santos, nos reuníssemos na nossa Capela, invocando o Espirito Santo, com uma Missa em Memória de todos os que nos precederam.
Já lá vão quatro encontros. Iniciamos a caminhada com quarenta, este ano já ultrapassamos a centena. São sinais de que a Capela está viva.
permitam-me terminar com uma frase que consta no monumento de homenagem aos nossos mortos:
“Baste a quem baste o que lhe basta
O bastante de lhe bastar!
A vida é breve, a alma é vasta;
Ter é tardar”.
Fernando Pessoa
(Mor Costa)