Lisboa, 10 de junho de 2025 – Num momento solene de homenagem e reflexão, D. Sérgio Dinis, Bispo do Ordinariato Castrense de Portugal, presidiu esta manhã à celebração eucarística junto ao Monumento aos Combatentes do Ultramar, em Belém, integrada nas cerimónias do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas.

Na homilia, D. Sérgio Dinis evocou a coragem e o sacrifício dos militares portugueses que serviram o país em tempos difíceis, destacando a importância da memória, da gratidão e da paz.

“Neste chão à beira do Tejo, onde a História fala e o silêncio pesa, celebramos Portugal. E celebramos os seus filhos mais generosos — aqueles que, em tempos difíceis, disseram ‘sim’ à Pátria e foram até ao fim”, afirmou o prelado, perante uma assembleia que incluía autoridades civis, militares e religiosas.

A cerimónia, organizada pela Comissão Executiva para a Homenagem Nacional aos Combatentes (CEHNC), contou com a presença de Sua Alteza Real, Dom Duarte Pio de Bragança, do Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, e de representantes das Forças Armadas, Forças de Segurança e associações de combatentes.

Na sua reflexão, D. Sérgio Dinis recorreu às leituras do dia (Daniel 10, 2a.5-6.12-14ab e Lucas 2, 8-14) para sublinhar a presença divina mesmo nos momentos mais difíceis.

“Deus nunca nos deixa sozinhos — nem no campo de batalha, nem no meio da noite, nem na hora da morte”, afirmou, recordando a figura do Anjo de Portugal, que, segundo a tradição, terá aparecido em momentos decisivos da história nacional, incluindo em Fátima, em 1916.

O Bispo Castrense pediu ainda que os combatentes falecidos intercedam pela Nação, inspirando os portugueses a amar o país “com o mesmo fogo” com que eles o serviram.

Além da Missa, o programa incluiu um momento de evocação e homenagem aos combatentes, com deposição de coroas de flores e a presença de representantes de várias entidades, como a Liga dos Combatentes e a Cruz Vermelha Portuguesa.

A cerimónia encerrou com um momento de confraternização, reforçando os laços entre as gerações que serviram Portugal em diferentes contextos históricos.

“Uma Pátria não se constrói apenas com palavras bonitas. Constrói-se com sacrifício, com verdade, com esperança — e, por vezes, com sangue”, recordou D. Sérgio Dinis, deixando um apelo à união e à memória coletiva.