Este ano, o Dia da Marinha foi celebrado na Póvoa de Varzim e Vila do Conde. Porque o Ordinário Castrense de Portugal se encontrava na Peregrinação Militar a Lourdes, presidiu à Missa o Arcebispo Primaz de Braga.
Quinhentos e dezanove anos depois de Vasco da Gama ter chegado a Calecute, acontecimento incontornável da gesta dos Descobrimentos, a Marinha celebrou o seu dia nas cidades da Póvoa de Varzim e Vila do Conde neste ano em que celebra setecentos anos de existência.
A partir do dia 14 de maio, a Marinha organizou uma série de eventos de índole cultural, desportiva e social no intuito de uma maior aproximação e envolvimento com a população local.
Todas essas actividades culminaram com a cerimónia militar no dia 21 de maio e com uma Eucaristia em sufrágio dos militares, militarizados e civis que fizeram parte da família naval.
A Eucaristia foi celebrada na Igreja paroquial das Caxinas, Igreja de Nosso Senhor dos Navegantes, onde os fiéis acorreram em massa.
A solene concelebração, onde marcaram presença membros do governo, do poder autárquico e os mais altos responsáveis da Marinha Portuguesa, foi presidida por D. Jorge Ortiga, Arcebispo Primaz de Braga.
Durante a sua homilia, D. Jorge aludiu ao papel sublime desenvolvido pela Marinha ontem como hoje mas não deixando de alertar: “Fixar os olhos naquilo que foi, sem colocar em questão o hoje, pode redundar no mero e estéril exercício da curiosidade… é necessária vitalidade e novos horizontes”.
Mais à frente, o prelado sublinhou os momentos de sofrimento que tantas vezes têm assolado as gentes das Caxinas: “Este ano encontrámo-nos numa aldeia piscatória onde o mar entrou no coração das pessoas. Neste mar aconteceram coisas maravilhosas, mas ao mesmo tempo ele deu-nos recordações trágicas …”
E depois num apelo aos marinheiros: “Importa hoje continuar a partir para fazer história com ânimo renovado e com a coragem dos grandes navegadores”.
Um aceno especial para a animação musical que esteve a cargo de um coro formado por cadetes da Escola Naval e elementos da Banda da Armada.
Terminada a Eucaristia, seguiu-se mais um momento de grande significado no adro da Igreja, com a presença de muitos populares.
De facto, a Marinha quis honrar a paróquia e homenagear as gentes das Caxinas com uma oferta de grande simbolismo – uma roda de leme- que perpetuará o dia da Marinha 2017 num abraço solidário a quem soube receber com tanta fidalguia.
Resta-nos formular votos para que todas as actividades que envolveram o Dia da Marinha de 2017, tenham servido para aproximar ainda mais toda esta população da Marinha e do mar.
José Ilídio Fernandes da Costa
CMG CAP